A investigação sobre Mbappé envolve suspeitas de cheques emitidos a policiais de choque na França, com possível uso para pagamentos irregulares, levando o Ministério Público francês a abrir inquérito por fraude fiscal e lavagem de dinheiro; a equipe do jogador afirma que as transações foram transparentes e legais, enquanto a Divisão Nacional de Investigação continua apurando os fatos.
A investigação Mbappé ganhou destaque após denúncias envolvendo cheques emitidos pelo jogador para policiais de choque na França. O Ministério Público anunciou que a apuração envolve suspeitas de transações financeiras atípicas e possíveis irregularidades.
Este caso levanta questões sobre a relação entre atletas e agentes de segurança, além de destacar o papel das autoridades francesas na fiscalização de possíveis fraudes.
Contexto da investigação sobre Mbappé
A investigação sobre Mbappé começou após uma denúncia feita pelo Tracfin, órgão francês especializado no combate à lavagem de dinheiro. Segundo o Ministério Público, foram identificadas transações financeiras consideradas atípicas envolvendo cinco policiais de choque e três agentes de segurança privada ligados à proteção da seleção francesa de futebol.
O valor total dos cheques emitidos pelo atacante chega a € 180.300, aproximadamente R$ 1,15 milhão, e há suspeitas de que esses recursos possam ter sido usados para pagar serviços privados de forma irregular, ou seja, “por baixo dos panos”.
Investigação judicial
Uma investigação judicial foi aberta para apurar acusações que envolvem trabalho secreto e lavagem de dinheiro por fraude fiscal, com a DNE (Divisão Nacional de Investigação – Inspetoria Geral da Polícia Nacional) conduzindo o caso. A IGPN, como é conhecida, é responsável por investigar a conduta da própria polícia, garantindo imparcialidade no processo.
Esse contexto mostra a seriedade com que as autoridades francesas estão tratando o caso, diante da possibilidade de irregularidades envolvendo figuras públicas e agentes de segurança do Estado.
Resposta do staff e detalhes do caso
O staff de Mbappé não demorou a se manifestar diante das acusações. Em comunicado oficial, afirmaram que todas as ações relacionadas aos cheques foram realizadas em conformidade com as regras vigentes, sem qualquer tipo de contrapartida ou irregularidade.
Segundo o comunicado, desde que entrou na seleção francesa, Mbappé opta por transferir integralmente seus bônus da seleção para as pessoas que acompanham a equipe, incluindo agentes de segurança e policiais designados para proteger o time. Isso teria sido feito com total transparência, especialmente após a Copa do Mundo de 2022.
O entorno do jogador destacou que oito pessoas, entre elas vários policiais de choque, são beneficiadas por esses bônus, sempre respeitando as normas da Federação Francesa de Futebol (FFF).
Por sua vez, o advogado de Mbappé, Jean-Baptiste Soufron, preferiu não comentar as acusações, mantendo uma postura reservada enquanto a investigação segue em andamento.
Essa resposta oficial tenta esclarecer que não há nada irregular nas transações, mas a investigação judicial seguirá para apurar todos os detalhes e garantir que a verdade venha à tona.