Adriano Imperador, um dos maiores atacantes do futebol brasileiro, teve uma carreira marcada por sucessos na Inter de Milão e na Seleção Brasileira, onde foi artilheiro da Copa América de 2004 e conquistou a Copa das Confederações em 2005. Após desafios pessoais e profissionais, ele se aposentou em 2014, refletindo sobre sua paixão pelo futebol e a complexidade da vida de um atleta.
Neste domingo (15), às 17h, no Maracanã, Adriano Imperador se despede do futebol em um jogo festivo com grandes estrelas.
Começo da Carreira
Adriano Imperador, um dos maiores atacantes da história do futebol brasileiro, começou sua trajetória no Flamengo, onde ingressou nas categorias de base aos nove anos. Desde cedo, ele se destacou, integrando as Seleções Brasileiras Sub-17 e Sub-20.
Fazendo sua estreia no time profissional do Flamengo em 2000, Adriano teve uma passagem inicial que durou apenas 33 jogos, mas mesmo assim, conseguiu marcar nove gols. Essa performance chamou a atenção do futebol europeu, levando à sua contratação pela Inter de Milão por 13 milhões de euros.
O início da carreira de Adriano é um exemplo de como o talento pode ser reconhecido rapidamente, mesmo em um cenário competitivo como o do futebol. Sua habilidade em campo e sua força física o tornaram um jogador promissor, e a mudança para a Europa foi um passo crucial para o desenvolvimento da sua carreira.
Passagem Vitoriosa pela Itália
A passagem de Adriano pela Itália foi marcada por grandes conquistas e performances memoráveis. Após uma temporada inicial complicada na Inter de Milão, onde teve pouco espaço, ele foi emprestado à Fiorentina. Lá, ele se destacou, marcando seis gols em 15 partidas, o que o levou ao Parma, que o contratou por 14 milhões de euros.
No Parma, Adriano encontrou seu ritmo e se tornou um dos principais atacantes da liga. Em apenas uma temporada, ele anotou 17 gols em 32 jogos na temporada 2002/03, o que chamou a atenção da Inter de Milão, que decidiu trazê-lo de volta ao clube por 23 milhões de euros.
Na sua segunda passagem pela Inter, Adriano se consolidou como um dos maiores ícones do clube. Ele ajudou a equipe a conquistar o Campeonato Italiano em quatro ocasiões (2005/06, 2006/07, 2007/08 e 2008/09) e a Copa da Itália em duas (2004/05 e 2005/06). Sua combinação de força, técnica e habilidade de finalização fez dele um atacante temido por defesas adversárias.
Adriano não só deixou sua marca nos números, mas também no coração dos torcedores, tornando-se um verdadeiro ídolo da Inter de Milão e um símbolo da força do futebol brasileiro na Europa.
Títulos na Seleção Brasileira
Adriano Imperador teve uma trajetória brilhante com a Seleção Brasileira, onde se destacou como um dos principais atacantes da equipe. Com a camisa canarinho, ele marcou 29 gols em 50 jogos, mostrando sua importância em momentos decisivos.
Um dos grandes destaques da sua carreira internacional foi a Copa América de 2004, onde Adriano foi o artilheiro do torneio, anotando sete gols em seis partidas. Seu gol na final contra a Argentina foi fundamental para levar a partida para os pênaltis, onde o Brasil acabou se consagrando campeão.
Além da Copa América, Adriano também conquistou a Copa das Confederações em 2005, reforçando sua posição como um jogador chave na seleção. Sua presença em campo era sempre sinônimo de perigo para os adversários, e sua habilidade de finalização o tornou um jogador indispensável.
Adriano foi convocado para a Copa do Mundo de 2006, onde, apesar de não ter conseguido brilhar como esperado, sua contribuição para a seleção ao longo dos anos foi inegável. Sua trajetória na seleção é um reflexo de seu talento e dedicação ao futebol brasileiro.
Últimos Anos e Aposentadoria
Os últimos anos da carreira de Adriano Imperador foram marcados por desafios e reviravoltas. Após o falecimento de seu pai em 2006, sua vida pessoal e profissional sofreu um impacto significativo, refletindo-se em seu desempenho em campo. Ele enfrentou críticas na Itália devido a questões físicas e, em 2008, decidiu retornar ao Brasil, onde foi emprestado ao São Paulo.
No São Paulo, Adriano reencontrou o bom futebol, marcando 17 gols em 28 jogos e até sendo convocado novamente para a Seleção Brasileira. No entanto, sua passagem pelo clube foi breve e tumultuada, marcada por indisciplina e punições.
Após sua saída do São Paulo, ele voltou ao Flamengo em 2009, onde viveu um de seus melhores momentos, ajudando o clube a conquistar o Brasileirão daquele ano. Apesar de um desempenho impressionante, sua carreira começou a declinar novamente após deixar o Flamengo para atuar na Roma, onde teve uma passagem frustrante.
Adriano também vestiu as camisas de Corinthians e Athletico-PR, mas suas atuações foram limitadas. Em 2014, ele se juntou ao Miami United, onde jogou apenas uma partida antes de anunciar sua aposentadoria do futebol profissional aos 34 anos.
Em uma entrevista ao podcast Podpah em 2022, Adriano explicou sua decisão de se afastar do esporte: “Não é porque não gosto de jogar bola, mas eu não sentia mais vontade. Preferi me afastar. Sabia que seria difícil voltar. Então, como já conquistei muitas coisas, achei que era a hora de parar.” Essa decisão marcou o fim de uma carreira repleta de altos e baixos, mas que sempre será lembrada por seus momentos brilhantes e sua contribuição ao futebol.