O caso do depoimento de Bobadilla envolve uma acusação de xenofobia feita pelo jogador Miguel Navarro durante a Copa Libertadores, com investigações em andamento pela Polícia Civil de São Paulo e possíveis punições esportivas pela Conmebol, apesar do adiamento do depoimento devido a compromissos profissionais do meio-campista.
O Bobadilla depoimento ganhou destaque após o meio-campista do São Paulo faltar à audiência marcada para tratar da acusação de xenofobia feita pelo jogador Miguel Navarro. A defesa do paraguaio solicitou a remarcação do depoimento, alegando compromissos esportivos que coincidem com a data inicial.
Este artigo explora o contexto da denúncia, os motivos para o adiamento e as possíveis consequências para Bobadilla, tanto na esfera policial quanto esportiva.
Contexto da acusação de xenofobia contra Bobadilla
Durante a partida entre São Paulo e Talleres pela Copa Libertadores, um episódio polêmico chamou a atenção de todos. O venezuelano Miguel Navarro acusou o meio-campista paraguaio Damián Bobadilla de proferir uma ofensa xenofóbica, chamando-o de “venezuelano morto de fome” após uma discussão em campo. A situação rapidamente ganhou repercussão, com Navarro registrando um boletim de ocorrência por injúria racial poucas horas depois do jogo.
A Polícia Civil de São Paulo abriu uma investigação para apurar o caso, tratando a denúncia como um possível crime de injúria racial. Paralelamente, no âmbito esportivo, Bobadilla pode enfrentar uma suspensão de até quatro meses, conforme previsto no artigo 15 do regulamento da Conmebol, que trata de atos discriminatórios.
Nas redes sociais, Bobadilla se retratou, afirmando que “reagiu mal” às provocações supostamente feitas por Navarro, tentando minimizar o impacto do episódio. Mesmo assim, o caso segue em evidência, levantando debates sobre racismo e xenofobia no futebol sul-americano.
Motivos para o adiamento do depoimento e consequências
O depoimento de Damián Bobadilla, inicialmente marcado para a sexta-feira (30), foi adiado a pedido da defesa do jogador. O motivo principal foi a necessidade de Bobadilla viajar com o elenco do São Paulo para a partida contra o Bahia, válida pela 11ª rodada do Brasileirão, em Salvador. Logo após esse compromisso, o meio-campista deve se apresentar à Seleção do Paraguai para disputar dois jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo.
Essa sequência de compromissos esportivos tornou inviável a presença de Bobadilla na data inicialmente marcada para o depoimento, levando a defesa a solicitar uma nova data, que deve ocorrer após o período da Data Fifa. Essa mudança busca garantir que o jogador possa cumprir suas obrigações profissionais sem prejudicar o andamento da investigação.
Consequências e penalidades
Quanto às consequências, Bobadilla ainda está sujeito a penalidades tanto na esfera judicial quanto esportiva. Na justiça, a investigação da Polícia Civil pode resultar em sanções caso a injúria racial seja comprovada. No futebol, a Conmebol pode aplicar uma suspensão de até quatro meses, conforme o artigo 15 do seu regulamento, que pune atos discriminatórios.
Portanto, o adiamento do depoimento não altera a gravidade das acusações, mas permite que o processo siga de forma organizada e respeitando os compromissos do atleta.