A crise no Corinthians ganhou um novo capítulo tenso com Augusto Melo tentando invadir a sala da presidência no Parque São Jorge para reassumir o comando do clube. A ação gerou confusão, bate-boca e a intervenção da Polícia Militar. Neste artigo, vamos detalhar os acontecimentos, as justificativas apresentadas por Melo e a reação do atual presidente, além das consequências desse episódio para o clube.
Tentativa de invasão e confusão no Parque São Jorge
Augusto Melo, presidente afastado do Corinthians, protagonizou uma cena tensa no último sábado ao tentar invadir a sala da presidência no Parque São Jorge. A intenção era clara: reassumir o cargo que ocupa oficialmente até hoje, segundo ele. A confusão começou quando Melo apresentou um ofício assinado por Maria Angela de Souza Ocampos, conselheira que se autodeclara presidente do Conselho Deliberativo, alegando que o afastamento e o impeachment dele seriam nulos desde abril.
O clima esquentou rápido, com bate-bocas e pressão de torcedores que invadiram o local cobrando explicações e questionando a legitimidade da ação. A situação ficou tão delicada que a Polícia Militar precisou ser acionada para garantir a ordem e evitar um conflito maior dentro do clube.
Na saída do Parque São Jorge, Augusto Melo reafirmou com firmeza seu posicionamento: “Tive ameaças. Vou fazer meu BO. Foram eles que provocaram, não nós. Sim, sou presidente eleito pelo Conselho Deliberativo”. Essa declaração mostra o grau de tensão e o embate político que o clube enfrenta atualmente, refletindo uma crise interna que vai muito além dos gramados.
Reação do atual presidente e desdobramentos legais
O atual presidente interino do Corinthians, Osmar Stabile, não reconheceu o documento apresentado por Augusto Melo e Maria Angela de Souza Ocampos, classificando a tentativa de invasão como um “golpe”. Stabile agiu rapidamente, acionando a Polícia Militar para conter a confusão e garantir a segurança no Parque São Jorge.
A Comissão de Justiça do Conselho Deliberativo do Corinthians reforçou que não há respaldo estatutário para a manobra de Melo e da conselheira, destacando que quaisquer mudanças no comando do clube precisam respeitar o Estatuto e a aprovação em plenário pelo órgão competente. Em nota, Stabile enfatizou que o afastamento do presidente do Conselho Deliberativo não pode ocorrer sem essa aprovação formal, independentemente de ofícios expedidos pelas comissões.
Crise institucional no Corinthians
Esse episódio deixou claro que a crise no Corinthians está longe de ser resolvida, com um embate jurídico e político que pode se estender por um bom tempo. A postura firme do atual presidente e do Conselho Deliberativo mostra a importância de seguir os trâmites legais para manter a estabilidade institucional do clube.
