Thibaut Courtois, goleiro do Real Madrid, está de volta à seleção belga após um período conturbado. Em uma recente coletiva, ele compartilhou seus sentimentos e a vontade de olhar para o futuro.
A Decisão de Retornar à Seleção
A decisão de Thibaut Courtois de voltar à seleção belga não foi fácil. Após anunciar sua aposentadoria em junho de 2023, o goleiro enfrentou um período de reflexão e autocrítica. Em entrevista, ele mencionou que se sentiu aliviado ao esclarecer sua posição diante dos companheiros de equipe, especialmente após as “mentiras” que circulavam sobre sua saída.
Courtois admitiu que cometeu erros e passou por momentos difíceis mentalmente, especialmente devido a lesões e a pressão de uma longa temporada. A relação conturbada com o antigo treinador, Domenico Tedesco, foi um fator crucial para sua decisão de se afastar. Ele revelou que a falta de respeito e o não reconhecimento do seu trabalho o afetaram profundamente, culminando em sua explosão emocional.
Após a demissão de Tedesco e a chegada do novo técnico, Rudi Garcia, Courtois reconsiderou sua posição. Ele percebeu que ainda tinha muito a oferecer à seleção e que poderia ajudar a equipe nas quartas de final da Liga das Nações da UEFA contra a Ucrânia. O goleiro expressou seu desejo de olhar para o futuro, focando em contribuir para o sucesso da Bélgica.
O retorno de Courtois é visto como um alívio para a seleção, que busca reverter os maus resultados e voltar a ser uma força no futebol europeu. Os torcedores esperam que sua experiência e habilidades possam fazer a diferença nos próximos jogos.
Relação com o Antigo Treinador
A relação de Thibaut Courtois com o antigo treinador da seleção belga, Domenico Tedesco, foi marcada por tensões e desentendimentos. Durante sua passagem pela seleção, Courtois sentiu que não havia respeito mútuo, algo que o deixou bastante frustrado. Ele destacou que, em seus 16 anos de carreira, nunca havia vivenciado uma situação semelhante, onde o treinador não se aproximava dele para discutir questões importantes.
Em um momento de sinceridade, o goleiro revelou que explodiu emocionalmente devido à falta de comunicação e apoio. A gota d’água foi a decisão de Tedesco de não escolher Courtois como capitão para o jogo contra a Áustria, que seria seu 100º jogo pela seleção. Essa decisão foi vista como uma desconsideração ao seu valor e experiência, levando-o a se afastar da equipe.
Após a demissão de Tedesco, Courtois sentiu que havia uma nova oportunidade de reconstruir sua relação com a seleção e seus companheiros. A chegada do novo técnico, Rudi Garcia, trouxe uma nova perspectiva, e o goleiro está determinado a deixar o passado para trás. Ele agora busca focar em sua performance e contribuir para o sucesso da equipe, deixando as desavenças anteriores como um aprendizado.
Essa mudança de atitude é vista como positiva, tanto para Courtois quanto para a seleção belga, que precisa de um goleiro como ele em seu melhor estado, especialmente em momentos decisivos como os jogos das quartas de final da Liga das Nações da UEFA.