O Corinthians enfrenta R$ 24,1 milhões em dívidas judiciais, principalmente relacionadas a contratações de jogadores como Luan e Róger Guedes, com a Talents Sports. A maior parte da dívida, R$ 19,4 milhões, refere-se a quatro contratações e inclui juros e multas. O clube planeja incluir essas cobranças no Regime Centralizado de Execuções (RCE) para organizar e parcelar suas dívidas ao longo de dez anos, buscando aliviar sua pressão financeira e melhorar seu desempenho em campo.
O Corinthians voltou a ser alvo de ações na Justiça, enfrentando um total de R$ 24,1 milhões em dívidas referentes a comissões e direitos de imagem.
Detalhamento da Dívida
A cobrança judicial movida pela Talents Sports se divide em três processos distintos, totalizando R$ 24,1 milhões em dívidas. A maior delas, no valor de R$ 19,4 milhões, se refere à intermediação de quatro contratações:
- Fábio Carille (2018) – R$ 550 mil pendentes (de um total inicial de R$ 1,6 milhão, parcialmente quitado);
- Luan (2019) – R$ 4,4 milhões;
- Róger Guedes (2021) – R$ 5,52 milhões;
- Renegociação da dívida em 2022 – O valor original de R$ 10,47 milhões foi reajustado para R$ 15,6 milhões, com previsão de pagamento em 12 prestações até dezembro de 2024. No entanto, nenhuma parcela foi quitada, elevando a dívida para os atuais R$ 19,4 milhões, devido a juros e multas.
Além disso, a dívida inclui:
- Lucas Veríssimo (2023) – R$ 511 mil, referentes à intermediação da contratação do zagueiro. O valor original era de R$ 1,01 milhão, mas foi reduzido porque o jogador se transferiu antes do fim do contrato para o Al-Duhail, do Catar;
- Direitos de imagem de Luan – R$ 4,2 milhões. O Corinthians havia acertado um pagamento de R$ 3,5 milhões, divididos em prestações, mas quitou apenas a primeira parcela de R$ 233 mil. O valor cresceu devido a juros e multas.
Posição do Corinthians e o Regime Centralizado de Execuções
O Corinthians não costuma comentar processos judiciais em andamento, e até o momento, o clube não se manifestou oficialmente sobre o caso. No entanto, a expectativa é que as cobranças sejam incluídas no Regime Centralizado de Execuções (RCE), uma iniciativa que busca organizar e parcelar as dívidas do clube ao longo de uma década.
Atualmente, o plano do Corinthians aguarda aprovação judicial para que todas as execuções sejam reunidas e pagas dentro do modelo proposto. Caso isso aconteça, Pitombeira e outros credores do clube receberão os valores de forma parcelada, seguindo um cronograma estabelecido pelo Tribunal.
O Corinthians atravessa um momento financeiro delicado, acumulando diversas ações judiciais relacionadas a contratações passadas. O caso de Pitombeira se soma a outros processos já movidos por empresários influentes no futebol brasileiro.
A implementação do Regime Centralizado de Execuções pode aliviar a pressão financeira no curto prazo, permitindo que o clube mantenha suas atividades sem o risco de bloqueios ou penhoras inesperadas. No entanto, a situação exige cautela da diretoria para evitar novos atrasos e garantir que os compromissos sejam honrados no longo prazo.
Enquanto isso, o clube segue focado dentro de campo, buscando melhores resultados no Campeonato Paulista e na Copa Libertadores, enquanto lida com desafios financeiros nos bastidores.