Carol Santiago, a melhor atleta paralímpica do Brasil em 2024, conquistou seis medalhas de ouro e se destacou nos Jogos Paralímpicos de Paris.
Temporada Brilhante de 2024
O ano de 2024 foi um marco na carreira de Carol Santiago. A nadadora pernambucana brilhou nos Jogos Paralímpicos de Paris, onde se tornou a maior medalhista de ouro do Brasil em Paralimpíadas, conquistando um total de seis medalhas de ouro. Essa impressionante performance não apenas elevou seu nome ao panteão dos grandes atletas, mas também a colocou como um ícone do esporte paralímpico no país.
Entre suas conquistas mais memoráveis nesta edição, Carol faturou três ouros nas provas de 100m costas, 100m livre e 50m livre. Essas vitórias foram a coroação de um trabalho árduo e de uma dedicação inabalável ao esporte. Além disso, as outras três medalhas douradas foram conquistadas na edição anterior, em Tóquio 2020, onde já havia mostrado seu talento nas mesmas distâncias, consolidando sua posição como uma das melhores nadadoras do mundo.
O sucesso em Paris rendeu a Carol uma premiação de R$ 900 mil, um reconhecimento à sua dedicação e esforço. A atleta não apenas encantou os jurados e a torcida, mas também se tornou uma figura inspiradora para muitos jovens atletas que sonham em superar desafios e conquistar seus objetivos. Durante a cerimônia de encerramento, Carol teve a honra de ser a porta-bandeira da delegação brasileira, um símbolo de orgulho e conquista para todos os brasileiros.
Síndrome de Morning Glory e Início da Trajetória
Carol Santiago nasceu com a sindromede Morning Glory, uma condição rara que afeta a formação do nervo óptico. Essa condição resultou em um campo de visão reduzido, mas não impediu que ela seguisse seu sonho de se tornar uma atleta de elite. Desde cedo, Carol mostrou resiliência e determinação, iniciando a prática da natação convencional aos quatro anos.
Aos 17 anos, sua trajetória esportiva sofreu um revés quando um agravamento do seu quadro de saúde, causado pelo acúmulo de água na retina, a fez ficar sem enxergar completamente por oito meses. Essa fase desafiadora foi um teste de força e paciência, mas Carol não se deixou abater. A volta às piscinas aconteceu uma década depois, aos 27 anos, quando ela decidiu retomar sua paixão pela natação.
Em 2018, sua carreira começou a tomar um novo rumo quando se juntou ao Grêmio Náutico União (GNU), um clube de natação no Rio Grande do Sul. Com o apoio do clube e seu talento inegável, Carol rapidamente se destacou em competições continentais e mundiais. No Mundial de Londres em 2019, ela conquistou dois ouros nas provas de 50m livre e 100m livre, além de uma prata nos 110m costas. Em seguida, no Parapan de Lima, ela faturou quatro ouros, solidificando sua reputação como uma das melhores nadadoras do cenário paralímpico.
Destaque Paralímpico e Consolidação
A primeira participação paralímpica de Carol Santiago ocorreu na edição de Tóquio 2020, onde ela impressionou o mundo ao conquistar cinco medalhas: três de ouro nas provas de 100m peito, 100m livre e 50m livre, uma de prata no 4x100m livre misto e uma de bronze nos 100m costas. Essa performance não apenas marcou sua entrada no cenário internacional, mas também foi o início da consolidação de Carol como uma das grandes estrelas da natação paralímpica mundial.
Desde Tóquio, Carol continuou a brilhar e a acumular conquistas. Ela faturou um total de 11 medalhas de ouro nos Mundiais de Madeira 2022 e Manchester 2023, além de seis ouros no Parapan de Santiago 2023. Esses resultados impressionantes demonstraram sua evolução como atleta e seu compromisso com o esporte.
O recorde de seis ouros paralímpicos conquistados em Paris 2024 foi uma prova do nível excepcional que Carol alcançou. Cada medalha representa não apenas uma vitória pessoal, mas também um símbolo de superação e inspiração para muitos. Com cada competição, ela fortaleceu ainda mais sua posição como um dos maiores nomes da natação paralímpica, projetando um futuro repleto de novas conquistas e desafios.