Você já imaginou ter uma coleção com cerca de 160 camisas de futebol de 41 clubes do Distrito Federal? Fernando Silva, bibliotecário e apaixonado pelo futebol candango, transformou essa paixão em um acervo incrível que reúne desde raridades dos anos 70 até camisas de times extintos e alternativos. Neste artigo, vamos explorar essa coleção única, suas histórias e o projeto do Museu do Futebol do DF que Fernando lidera.
História da Coleção de Camisas do Distrito Federal
A história da coleção de camisas do Distrito Federal começa em 2005, quando Fernando Silva adquiriu sua primeira peça: uma camisa do Brasiliense. Inicialmente, ele comprava algumas camisas aqui e ali, mas foi a partir de 2009 que a coleção realmente ganhou forma e foco.
Fernando, que é bibliotecário e tem 43 anos, decidiu se dedicar a reunir camisas de clubes do DF, tanto ativos quanto extintos, o que é algo raro entre colecionadores, que geralmente preferem times específicos. Hoje, ele conta com cerca de 160 camisas, representando 41 clubes diferentes.
Essa coleção não é apenas um hobby, mas uma verdadeira homenagem ao futebol local, preservando a memória de equipes que marcaram época no cenário brasiliense. Fernando destaca que, apesar de não saber se é a maior coleção, o seu acervo é um dos poucos com esse foco exclusivo no futebol do Distrito Federal.
Raridades e Camisas Alternativas no Acervo
No acervo de Fernando Silva, as raridades e camisas alternativas são verdadeiros tesouros para os fãs do futebol candango. Entre as peças mais valiosas estão camisas do Ceub dos anos 70, um dos primeiros representantes do Distrito Federal no Campeonato Brasileiro, e as camisas históricas do Sobradinho, campeão local em 1985 e 1986.
Além disso, o acervo inclui camisas antigas do Brasília e do Guará, além das versões titular e reserva do Gama de 1998, ano em que o clube conquistou a Série B do Campeonato Brasileiro. Uma curiosidade é a camisa do Brazsat, equipe formada por refugiados estrangeiros, em parceria com a Agência da ONU para Refugiados (Acnur).
Entre as camisas mais alternativas, destacam-se peças como a do Bolamense, que teve um dos escudos mais inusitados do futebol brasileiro, a do Samambaia com seu emblemático cachorrinho, e as camisas temáticas de rock do Brasiliense. Fernando ressalta que a camisa do Bolamense é especialmente rara, tornando o acervo ainda mais único.
Também fazem parte da coleção vários times extintos, como o Tiradentes, campeão brasiliense em 1988, e o Guará, campeão de 1996, preservando a história do futebol local que poderia facilmente ser esquecida.
Como Fernando Silva Construiu Seu Acervo Único
Fernando Silva construiu seu acervo único com muita dedicação e paixão pelo futebol do Distrito Federal. A coleção cresceu ao longo dos anos graças a negociações e trocas com ex-jogadores, dirigentes e principalmente outros colecionadores.
Uma das histórias mais curiosas envolve a troca de duas camisas antigas da Seleção Brasileira por uma rara camisa do Ceub dos anos 70, uma negociação que Fernando conta como uma das maiores loucuras que já fez para enriquecer seu acervo.
O colecionador revela que, apesar de já ter quase todas as camisas dos times filiados à federação local, falta apenas a do Grêmio Valparaíso, o Greval, que disputa a 2ª divisão. Isso mostra o tamanho do feito e o quão perto ele está de completar uma coleção praticamente completa do futebol candango.
Além da busca por peças, Fernando também investe em preservar a memória do futebol brasiliense, o que o levou a criar o projeto Museu do Futebol do DF, um espaço colaborativo que reúne fotos, imagens e histórias, ampliando o alcance da paixão pelo futebol local.
Museu do Futebol do Distrito Federal: Projeto e Acervo
O Museu do Futebol do Distrito Federal é um projeto idealizado por Fernando Silva em 2024, que vai muito além da coleção pessoal de camisas. O museu é um site colaborativo que reúne um acervo fotográfico amplo do futebol brasiliense, incluindo imagens de camisas, times e estádios que marcaram a história local.
Atualmente, o acervo do museu conta com cerca de 500 itens, entre eles o valioso arquivo de Nonato Borges, fotógrafo esportivo falecido em 2021, que eternizou momentos importantes do futebol do DF. A iniciativa convida torcedores e colecionadores a contribuírem com fotos e histórias, tornando o projeto uma verdadeira memória viva do futebol candango.
Fernando incentiva todos a visitarem o site e as redes sociais do museu, onde é possível apreciar registros incríveis e conhecer mais sobre a rica tradição futebolística do Distrito Federal. O projeto não só preserva o passado, mas também fortalece a identidade e o amor pelo futebol local.